Ela corria feliz na chuva
Era assim no mês das trovoadas
Descalça e sem blusa
Subia e descia as calçadas
Em janeiro começava a chuvarada
Mês de reparar as goteiras
De fazer lambedor pra meninada
E aparar água na biqueira
Mês de dormir com as costas quentes
Por cometer o desatino
De correr contente na chuva
Menina de short e descalça
Que pensava já ser gente
Subia e descia as ladeiras
Não sentia cansaço,suja de lama
Molhada de brincadeiras
Tudo que não queria era a cama
Toda descabelada,debaixo da biqueira
* Na minha infância,janeiro era o mês das "chuvas de trovoadas". Mês quente e úmido; a chuva trazia resfriado e gripes devido o choque térmico.
*biqueira: cano para queda d'água do telhado,ou embutido jogando a água na rua.
12 comentários:
Que ternura de Poema.
Quantas boas memórias da infância, plena de alegria onde o importante era brincar, mesmo que fosse à chuva.
Beijinhos
Olá, querida amiga Vall!
Muito linda a criança que mora em você, saltitando e recordando que não morreu. Ela vive no seu doce 💙.
Tenha dias abençoados junto aos seus amados!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
Quando eu era criança adorava andar à chuva e molhar os pés/sapatos nos chamados "charcos" de água.
Gostei muito do poema. Lindíssimo.
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Cumprimentos
Adorei o seu poema. Parabéns!!
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Baloiço do tempo...
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Beijos e uma excelente noite!
Minha querida ╰☆╮V. Maravilha╰☆╮
Que esta criança que existe em ti permaneça viva, alegre e bonita. “Comendo nuvem, bebendo água da chuva e transpirando o São Francisco, que te embala os sonhos”.
Bat Beijos!!!
Fabulous blog
que bom que era brincar a chuva hoje ja nao o faço adorei muito bonito bjs saude
Boa noite minha querida amiga. Brinquei muito na chuva e joguei bola.
Un muy tierno poema, la lluvia es encantadora, abrazos amiga
Bonito poema.
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Que boa essa baguncinha e folia de um banho de chuva!Adorei! beijos, tudo de bom,chica
Vi uma menina feliz, feliz correndo na chuva, colocando barquinhos na enxurrada e tomando banho de goteira. A mãe brava, menina vai pegar resfriado, toma um café quente e tudo recomeçava no outro dia, pois a chuva amiga, lá estava a espera da menina.
Viajei nas suas memórias numa rua de terra nas Minas Gerais onde os trovões tremiam as casas e os relâmpagos clareava as casas.
Gostei de me ver na chuva, na sua chuva que só terminava em Março do dia de São José.
Bonito Vall ter estas lembranças vivas.
Beijo amiga
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