terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Retrospectiva


Impressões de um ano incomum,
tudo se passou e ninguém viu;
foi como estar em lugar nenhum.

A vida esteve ali,
não dava para ir além.
mas é preciso prosseguir.

A vida fora somente um detalhe,
tudo restrito...quase proibido,
assim continua o baile.

Quem pensava viver,
descobriu não passar de espectador.
Nunca fez nada acontecer.

E que venha dois mil e vinte um!
talvez ele nos tire disso aqui.
Pois a vida, é a escolha de cada um.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Poeta Desfavorecido

Por Odin sou desfavorecido,
Bebi gotículas do seu hidromel.
Faço cantigas ao mundo,
Inspirações caídas do céu.

Sucesso nunca esperei,
Competição não me empolga,
Coisa que sempre evitei.

Faço cantigas,rimas da vida.
E faço com todo prazer,
Porque tudo a vida ensina,
Cabe a cada sujeito aprender.

Como rimador desfavorecido,
Tenho o sucesso merecido.
E um modo próprio de escrever.

O que escrevo é muito simples.
É tudo que faz parte do viver:
A dor sofrida,
O sentimento esquecido,
A alegria de vencer.

Vem dos céus a inspiração,
No papel brotam sentimentos,
E assim,nasce a canção.


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Distraída

 

Num isolado riacho foi banhar-se,

Não viu o belo jovem aproximar-se

Calvagara toda a noite sobre o mar,

Estava exausta,precisava relaxar.


Ela sabia de sua fraqueza

Mas,o belo jovem usou da esperteza

Apoderou-se de suas lindas plumas

Casou-se com a orgulhosa donzela

Forçando-a viver na Terra.


Nove filhas o casal tivera

A bela amazona amava sua família

Mas,uma ponta de saudade 

Seu peito invadia.


Sonhava cavalgar seu corcel branco

E deixar de chorar pelos cantos

Certo dia,tão destraída estava

Revendo sua monótona vida

Observando as alegres e lindas nove ondas,

na sequência que sempre faziam.

Percebeu que a felicidade existia.


Suas filhas já não eram crianças

Munida de seu escudo e lança

Recuperou sua plumagem

Foi buscar a felicidade.


Assim,deu-se conta que tinha seu próprio reino

Acreditou que o amor verdadeiro

Chega quando a alma está desguarnecida.


Longe da Terra sofria

Galopou com desespero

Para logo estar nos braços do seu mortal 

e tão valoroso guerreiro.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

XI Interação de Natal

O mundo vive distanciamentos
Aglomerações devem ser evitadas.

O jeito, é viver das lembranças:
A menina desajeitada
Nos últimos anos da infância
Nas festas de fim de ano
Comprando sorvete de máquina
Sem vontade de ir pra casa.

Sem ideia do mundo onde vivia
Ser criança é ter fantasias
E viver cada dia.

Tão terna interação
Me faz abrir o coração
Contar vivências 
De uma adolescente
Nas bancas de batatinha frita
Já não usava laço de fita
Mas continuava a comprar sorvete
Aquele feito com líquido de cores vivas
Na velha máquina de todas as festas.

Ruas apertadas
Gente cantando feliz
Músicas e perfumes se misturavam
Era tanta "zuada"!
Gente indo, gente vindo
E o melhor da minha festa
Era tomar sorvete de máquina
Mastigar a casquinha
Sentada numa calçada qualquer
Ou num banco da pracinha.

Alheia à existência de vírus
E das possíveis contaminações.
Observado o movimento
Perdida no tempo das ilusões.




*Zuada: barulho



domingo, 13 de dezembro de 2020

Desafio Literário|O Sentido do Natal


O Natal é mais que uma data
É um estado de espírito
Vai além das celebrações

O Natal não está na roupa bonita
Nem no mundo de ostentação
Está na gentileza de tratar o irmão

É mais que troca de presentes
É respeitar todas as gentes
Compreender a perfeição

O Natal simboliza o renascimento
É mais que um alento
É o prazer de servir
E viver uma transformação

O Natal é mais que luzes
É estarmos em comunhão
Porque o Natal só fará sentido
Se tivermos paz no coração

O Natal não é Mitologia
Muito menos religião
Ele deve acontecer todos os dias
Na magia da união




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Bom Natal a todos os leitores/seguidores do Poetizando.
Que a vida prossiga com fé e esperança.
Que possamos compreender a grandeza daquele que serve. 
Daquele que doa e faz feliz ao que recebe.









quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Maria Valdelice

Sou Maria Valdelice
Sou muito gente boa
Como a lua,tenho fases
Manias e chatices
Sou aqui de Alagoas

Flor nordestina
Nascida na linda Penedo
Mulher menina
Ser valente é minha sina
Quando me deparo com o medo

Mesmo sendo Maria
Não sou mais uma 
Nem uma qualquer
Sou tudo que posso ser
Mas não tudo que você vê

Sou a rima da vida
O calor daqueles que amo
A realidade do mundo
A beleza dos sonhos

Um conjunto de vivências
O poder das escolhas
A certeza da felicidade
O voo da liberdade

domingo, 6 de dezembro de 2020

Cantiga de Amor (5)


Com todo o exagero do romantismo
escrevo versos a ti.


Extravasso sentimentos que já não cabem mais em mim.

 

Queria saber os meios de te eternizar nos mais sublimes sonetos
ou nas notas de uma canção.

 

Composição incomum,na linguagem dos nossos corações.

 

Queria poder encontrar as palavras certas. A melodia própria.

 

Aquela canção que nos conecta e nos transporta.

 

Quero falar,quero cantar e gritar a todos os ventos...

 

Quero que sinta todo meu ser explodindo somente por te ver mais perto.

 

Quero que saibas a extensão desse sentimento que invade e transborda.

 

Como cachoeira,em queda livre,mergulho fundo para te trazer o mais próximo de mim.

 

Quero tanto ouvir teu sorriso. Tua voz serena e firme.

 

Ver bem de pertinho tua boca contendo o riso,achando que não percebi.

 

Realçando as curvas do teu rosto,que em silêncio tanta coisa me diz.

 

Com todo o exagero do romantismo, te eternizei nesses versos.


 Uso palavras tão minhas,para registrar sentimentos  inconfessos.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Em algum lugar...


Em algum lugar ficou a vontade silenciada no corpo. E um medo ensurdecedor de não encontrar aquela paixão pelas coisas tolas da vida.
Já não tenho os mesmos sonhos e de propósito guardo em mim momentos inesquecíveis.
Também não faço mais questão de retornar àquele tempo,onde sentia  a brisa afagar a dor,suavizar o medo e avivar o silêncio das palavras não ditas.

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Esta postagem é minha participação no desafio do mês de Novembro no blog Com Amor da querida Marta Vinhais.
Postei lá no último domingo de Novembro (29/11/20),nos comentários e combinei publicar aqui no Poetizando.

A proposta: escrever um texto/carta e falar sobre: 

a dor que fala no silêncio do corpo
o medo de não encontrar a paixão

Obrigatoriamente as palavras "questão" e "de propósito" têm de aparecer no texto/carta.

Sugestão de música de fundo: "Adios Nonino de Astor Piazzolla"


quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

E Houve Luz

No começo teve dúvidas,
as incertezas davam medo.

Acostumou-se a ser sozinha,
e viu que isso era bom!
Viu nela a melhor amiga,
percebeu que nunca esteve só.

Amava sua liberdade!
Entre livros,no tempo livre.
Em paz a vida seguia,
dia após dia...

E houve luz a cada amanhecer,
os caminhos eram seguros.
Mesmo andando sozinha,
não se deixou esmorecer.

Dançava xote sozinha,
gargalhava pela casa.
Saía cada vez menos.
Opiniões, não lhe incomodava.

E as trevas se dissiparam,
era o começo de outra vida!

Pretérito Nada Perfeito

Nove Luas crescentes Tempo presente Olá Senhor Crânio Alongado! Não sei como digo o que preciso dizer… É que dizem que o senhor ...