sexta-feira, 26 de dezembro de 2025

Pontes Não Visíveis

É só balançar
deixar o vento ir
de uma margem à outra,
sacudindo a roupa.

Em reverência respeitosa
as palmeiras dobram-se,
veloz segue destemido
pelos becos da cidade barroca.

É só deixar ir...
sentindo o vento arrudiar
arrastando tudo na rua,
conduzindo gente demente.

E no arrastar das folhas
vai varrendo as ruas,
lambendo minha alma nua
na velocidade dos pensamentos.


Valdelice Nunes 
> imagem < meus arquivos 

Um comentário:

" R y k @ r d o " disse...

Poema lindo de ler, como sempre

Continuação de boas festas.

Pontes Não Visíveis

É só balançar deixar o vento ir de uma margem à outra, sacudindo a roupa. Em reverência respeitosa as palmeiras dobram-se, veloz...