Conhecer e compartilhar de outras culturas não é pecado. Mas é preciso que haja uma revolução pedagógica,para que o ensino tenha como objetivo central o conhecimento da própria História. Ou seja,uma educação voltada ao "próprio umbigo". O sujeito precisa se conhecer para respeitar a si mesmo. E, consequentemente,respeitar todas as outras culturas.
Nos ensinam a gostar de culturas exportadas e importadas. Não é à toa que o brasileiro seja chamado de macaco,quando partimos do príncipio de que tal espécie imita comportamentos humanos.
O Nordeste tem rica cultura,contudo desconhecemos muito ou quase tudo da nossa História.
Então,sentir vergonha do próprio sotaque é comum ao se deslocar dentro e fora do território brasileiro.
Se queremos respeito,devemos buscar conhecer e respeitar cada modo de ser,de falar,de viver.
O fato é que sem conhecer a si mesmo não é possível respeitar tudo que não (re)conhecemos como legítimo.
É urgente fazer uma revolução pedagógica,porque o objetivo do sistema que rege o ensino nesse país instiga competições e o estudante mesmo sem consciência corre atrás das melhores notas.
Sem perceber que está correndo atrás de sonhos que não sonhou,mas precisa de espaço no mundo do trabalho. Isto,sim,deve ser motivo de vergonha.
É preciso atentar para a eficácia do ensino,isso somente irá acontecer se o sujeito estiver consciente de que o único modo eficaz de aprendizagem está no exemplo. Nele o indivíduo percebe a importância de ser,exatamente, o que é.
Valdelice Nunes
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