sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

Arte Viva

As cores se misturavam,
uma linda bruxinha de longo chapéu
e roupa alaranjada no céu desfilava.
De repente um patinho ganhou forma,a bruxinha foi embora.
E quase no mesmo instante,surgiu um homem de bigode e longo chapéu,tinha olhar distante.
Seu rosto pálido,seu chapéu negro acinzentado agora tomava o espaço.
Apareceu longa barba e balançava,no céu que as cores da noite pintava.




Valdelice Nunes 
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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

Carnaval


Festa da alegria
das fantasias
dos ritmos brasileiro.
Nem importa de onde veio
só quero ver cores
bonecos gigantes.
Tudo contagia:
a música,
a dança,
o corpo de mola.
E o mela-mela
continua...
Os blocos estão nas ruas 
só há lugar para a folia
a orquestra só toca marchinhas.




Valdelice Nunes 
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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Grude

Subia a ladeira
descia no rio
Sua vida era
escorregar pelas beiras.

Dormia na cama
sem colchão 
Pulava,gritava,corria...
Dando cambalhotas no chão.

Se enroscava nas pernas
da mamãe
Puxando seu vestido,
pedia aborrecido,um
pedacinho de pão.

Passava o dia com um
mingau de amido
A vida era difícil 
mas tinha pão dormido.

E no dia seguinte 
de novo na beira do rio
Tomava banho até enrugar
do lado da mamãe lavadeira
A vida era pura brincadeira.


Valdelice Nunes 
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Notar...

Me olhava
demorando 
naquela conversa
Eu não tinha pressa
nem tava à vontade.
Me olhando 
dava medo e
um misto de saudade.
Seus olhos penetravam
pareciam escanear
minhas profundezas.
Diziam tudo
mostravam ternura
e tristezas.
Algo naqueles 
olhos nos prendia
diziam muito
e neles tudo 
se perdia.



Valdelice Nunes 
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sábado, 8 de fevereiro de 2025

Templo Sagrado

Eu sempre tive mania de falar mais que minha boca. Sempre fui espontânea e não via necessidade de esconder o óbvio.
Mas,as pessoas tendem a ter segredos,mesmo que sejam coisas tolas. Sempre criam narrativas para desviar os curiosos,sem perceber que o não dito também está sendo visto,ouvido e espalhado (silenciosamente).
Na minha quase adolescência,tive a ideia de comentar com amigas daquela época que o meu suor estava com cheiro forte. E foi o suficiente para ser crucificada,de algum modo violei leis naturais do corpo. Mesmo o corpo sendo meu.
Para elas e suas respectivas mães,eu estava me adiantando ao que era natural para uma menina de onze anos.
Atualmente,sabemos que cada organismo reage de um modo. Só que naquele tempo eu não tinha ideia de que o meu corpo estava se preparando (hormonalmente) para a menstruação. Que só viria aos quatorze anos.
Coisa tão natural,tão própria do meu biotipo. Tinha outras causas também,que só compreendi anos mais tarde com o diagnóstico da Fibromialgia.
Hoje,durante as compras no supermercado, minha filha pediu que eu ajudasse a escolher um desodorante próprio para a idade do meu neto. Ele está com sete anos, é saudável e está exalando um cheiro bem parecido com o meu naquela época. Até o corpo se ajustar e eu aprender a me cuidar direito.
Ele só precisa de orientações para aprender a se cuidar,toda pessoa passou ou vai viver algo parecido. Mas (pré)julgamentos são totalmente desnecessários.
Sentir, compreender o próprio corpo, deve ser algo natural. Afinal, teremos ele enquanto estivermos nesta dimensão. Isso está além dos prazeres, é saúde (física e emocional) e espiritualidade por 
toda a existência.




Valdelice Nunes 
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sábado, 1 de fevereiro de 2025

Pétalas

Se abrem,exalam olores
cítricos, doces…
Atraem com suas cores
vibrantes,delicadas.
Sedosas,abrigam insetos
na corola.
Acordam de manhã,
se banham à luz noturna.
Enfeitam ruas e jardins
vivem a sorrir e seduzir.



Valdelice Nunes 
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Pedaços de Vida

A gente cresce e muda descobre tanta coisa que nunca imaginou existir. Na escola aprendemos sobre histórias,que se parecem com a...